quinta-feira, 31 de maio de 2012



Pede-se fechar um olho: sobre a vergonha, o erotismo e o pudor

                                                                                             Carlos Eduardo Leal

O homem é o único animal que se ruboriza. Ou que tem razões para isso.
                                                                      Mark Twain


1- O sonho de Freud: vergonha e culpa

Durante a noite anterior aos funerais de seu pai, Freud tem um sonho com um aviso impresso, “placar ou cartaz”, destes que se usa para avisar da ‘proibição de fumar’ no qual aparecia a inscrição:

Pede-se fechar um olho

É o próprio Freud quem comenta: “Eu escolhera o ritual mais simples possível para os funerais, pois conhecia os próprios pontos de vista de meu pai sobre tais cerimônias. Mas alguns outros membros da família não simpatizavam com tal simplicidade puritana e pensaram que cairíamos em desgraça perante os olhos dos que comparecessem aos funerais. Daí uma das versões, ‘pede-se fechar um olho’, isto é, ‘fazer vista grossa’”.[1]  A simplicidade ‘puritana’ de Freud contrasta com o gozo feroz do olhar do Outro sobre seu ato. Seu excesso de simplicidade puritana, paga o preço da vergonha embutida em seu gozo tributário ao pai.
Este pai “simples” que se abaixa para pegar o gorro na lama quando os anti-semitas o descriminam, este pai “simples” que afirma que ‘este menino nunca vai ser ninguém na vida’, este pai “simples” que o leva a escrever no prefácio à segunda edição desta mesma Interpretação dos Sonhos: “Foi minha reação à morte do meu pai – isto é, ao evento mais importante, à perda mais pungente, da vida de um homem”. Este pai “simples” do qual Freud nunca pôde ir além, verdadeiro rochedo da castração. É deste pai que vem a própria recriminação superegóica, para fazermos alusão a outro sonho nada puritano: ‘filho não vês que estou queimando neste teu excesso de simplicidade puritana?’ A constatação em sonho, téssera genuína do inconsciente, de que havia escolhido o ritual mais simples para o pai, o coloca diante do afeto descrito por ele próprio em 1905 nos seus três ensaios sobre a teoria da sexualidade: a vergonha. Cito Freud:
“Estas forças atuam como barragens ao desenvolvimento sexual – repugnância, vergonha e moralidade – devem ser consideradas como precipitados históricos das inibições externas a que a pulsão sexual tem estado sujeita. Podemos observar a forma pela qual, no desenvolvimento dos indivíduos, elas surgem no momento apropriado, como que espontaneamente, quando a educação e a influência externa dão o sinal”.[2]
A vergonha se descortina não só diante do olhar do Outro. Lacan nos ensina que o circuito da pulsão se dá é no seu retorno. É, portanto, no retorno do olhar do outro sobre o próprio Freud que a dimensão da castração mostra o ás que até então estivera escondido sob a manga, revelando que o artífice infantil de se tentar manter protegido fora do alcance do olhar do outro foi descoberto. Talvez Freud quisesse ter dito para si próprio que ‘é proibido proibir’, mas, tarde demais. O inconsciente antecipa o lance por vir e acaba por revelar o indizível. O real do sonho é um umbigo que o religa estranhamente ao pai. 
Freud ao dizer que escolhera o ritual mais simples possível para o funeral do pai, esqueceu de si próprio, esqueceu daquilo que ele foi pioneiro, a investigação sobre o inconsciente. O sonho vem cobrar o seu esquecimento através do pedido de se fechar um olho, ou seja, fazer vista grossa logo para ele que nos ensinou a escutar mais-além do enunciado, uma torpe tentativa de encobrir sua vergonha.
Lacan escreve em “Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise” que “o que ensinamos o sujeito a reconhecer como seu inconsciente é sua história: (...) página de vergonha que se esquece ou se anula, ou página de glória que constrange.”[3]
A vergonha é um afeto que constrange e o constrangimento toca ao mais profundo da moral sexual e mesmo do erotismo que se tenta manter fora do alcance do olhar do Outro. A vergonha é, antes de tudo, um indicador da culpa, este gozo do qual o sujeito tenta se iludir da sua não existência. A culpa, no dizer do próprio Freud, é uma variante topográfica da angústia, revela o mal-estar do sujeito diante do objeto da sua fantasia. Objeto a que não o engana, ao contrário, o coloca diante de um impossível constrangimento de tentar dizer o impossível. Esta realidade indizível é a vergonha que cora e enrubesce a face outrora oculta do saber não sabido. Relembro a nossa epígrafe que diz que “o homem é o único animal que se ruboriza. Ou que tem razões para isso”.
“Morrer de vergonha é um efeito raramente obtido”. É assim que Lacan inicia a última lição de seu Seminário, livro 17, o avesso da psicanálise. [4] Mais adiante ele diz que “morrer de vergonha é o único afeto da morte que merece – que merece o quê? – que a merece.”[5] A vergonha é correlata da culpa por ter cometido o pecado do excesso ou da falta. Transforme-se o pecado em desejo e vocês vão ver aonde isso nos leva. Isso nos leva à dimensão (a mansão do dito) da morte.
Esse ‘instante do olhar’ que o afeto da culpa nos encarrega de colocar-nos frente a frente, é o horror diante da morte. Se a vergonha é inibitória, a culpa, como variante topográfica da angústia, paralisa, já que nos coloca na dimensão da relação essencial com o desejo do Outro. Assim, talvez possamos pensar que a vergonha estabelece uma relação com o gozo, enquanto que culpa se articula diretamente ao desejo.
A angústia na sua ‘rede de significantes’ coloca o sujeito diante da perturbação, da vergonha, da comoção, do desassossego, do desnorteamento, do embaraço e, finalmente, do esmagamento. A culpa corrói o último fio do desejo enquanto que a vergonha tece a trama, malha fina onde se cai no gozo do Outro.
Encobrir a vergonha é tentar se proteger da mira do olhar do Outro. Aí há prazer mesclado a uma excitação do proibido. Este mais-além que não cessa de não se escrever é a compulsão a repetição que mergulha o sujeito na dimensão da morte. O morrer de vergonha.
É este olhar panóptico que revela a fantasia mais recôndita do sujeito. Mira escópica que ao revelar a vergonha, desnuda as palavras que até então recobriam o corpo de sua dimensão pulsional. O corpo pulsional, erótico desde sempre, desde quando o sujeito é falado pelo Outro, ganha assim seus contornos, relevos, reentrâncias e saliências. Em qualquer sentido que vocês quiserem dar a estas palavras.
“A fala”, diz Lacan, “com efeito, é um dom de linguagem, e a linguagem não é imaterial. É um corpo sutil, mas é um corpo.” [6] 
Esta assertiva de que a linguagem é um corpo dá o verdadeiro tom do corpo da linguagem enquanto que submetido ao erotismo. As palavras ao fazerem cópula, engravidam para além de qualquer sentido, dando luz às dimensões da vergonha, da repugnância e da moralidade com as quais o sujeito, em sua pujança de fala terá que se haver.
Assim, a expressão, “pede-se fechar um olho”, está num campo fértil. A vergonha sentida por nosso sonhador é apenas uma vã tentativa de esterilizar esta fertilidade que já está, em seu futuro anterior, consumada.



2 – Sobre o erotismo e a “História do olho” 

A obscenidade é tudo aquilo que excita o moralista
                                                   (fragmento clínico)

A “História do olho”[7] é uma novela autobiográfica escrita por Georges Bataille em 1928, quase trinta anos antes de seu clássico ‘O erotismo’, publicado em 1957. O jovem Bataille começa a escrever por sugestão de Adrien Borel, seu psicanalista para que o ajudasse a livrar-se de suas obsessões, ou como ele mesmo diz, “para livrar-me do meu nome”.  Tanto é assim que Bataille nunca assinou seu próprio nome na obra, e nunca reivindicou a autoria de sua obra, preferindo esconder-se sob o pseudônimo de Lord Auch. A explicação para o pseudônimo é o próprio Bataille que diz num fragmento de 1943, intitulado ironicamente W.C. História do olho – “faz referência ao hábito de um dos meus amigos: quando irritado, em vez de dizer “aux chiottes!” [à latrina], ele abreviava, dizendo “aux ch”. Em inglês, Lord significa Deus: Lord Auch é Deus se aliviando”.
Escrito em primeira pessoa, o romance co nta a história do narrador e sua amiga Simone que, recém-saídos da infância parecem ainda habitar o mundo perverso e polimorfo das crianças, para quem nada é proibido. “Suas brincadeiras sexuais”, diz-nos Eliane Robert Moraes, “assemelham-se a travessuras infantis, às quais se entregam com fúria que não conhece obstáculos”. Marcela e os outros adolescentes que se juntam a eles parecem igualmente entregues aos caprichos e extravagâncias que governam as peripécias da dupla, guiadas apenas pelas exigências internas da fantasia. Em suma, como observou Vargas Llosa, os jovens que protagonizam essas cenas “não parecem seres despertos, mas sonâmbulos imersos em uma prisão onírica que lhes dá a ilusão da liberdade”. Em outra ocasião Vargas Llosa escreveu que “ninguém soube imaginar uma felicidade mais variada e intensa”.
Recentemente, o próprio Vargas Llosa escreveu “Travessuras de uma menina má” na qual a travessa Lily, uma “chilena” também irá constantemente trocar de nome, fazendo com que a vida do pacato Ricardo Somocurcio, se transforme numa louca busca pelo prazer mundo afora atrás dela. Já transformada na japonesa Kuriko, Lily diz a Ricardo: “- Você nunca vai viver sossegado comigo, estou avisando. Porque não quero que você se canse de mim, que se acostume comigo. Vamos nos casar para arrumar os papéis, mas nunca serei sua esposa. Quero ser sua amante, sua cachorra, sua puta. Como esta noite. Porque assim vai ficar sempre louquinho por mim. Falava estas coisas me beijando sem trégua e tentando se meter inteira dentro do meu corpo”. (pág. 229)
A palavra sempre, o ‘para todo o sempre’ das relações de amor casamenteiras, parece-nos indicar um deslizamento metonímico até que a morte os separe. Faltou dizer aos párocos de plantão que é exatamente este deslizamento metonímico que os conduz à morte, quer seja pela vergonha, o ‘morrer de vergonha’ ou literalmente como no filme “O império dos sentidos”, no qual o sentido último do prazer desenfreado é gozar até morrer. O prazer absoluto que conduz a morte como imperativo da vontade de gozo sadiana.
Na História do olho, há um mundo soberano ditado pelos adolescentes do qual os adultos não participam. Mesmo quando aparecem, estão sempre à margem dos acontecimentos, cujo sentido freqüentemente lhes escapa. Assim ocorre, por exemplo, com a mãe de Simone, que, ao surpreender a filha quebrando os ovos com o cu, ao lado do seu inseparável companheiro, se limita “a assistir à brincadeira sem dizer palavra”. Mais tarde, essa mesma mulher “de olhos tristes”, “extremamente doce” e de “vida exemplar” testemunha outras travessuras lúbricas dos personagens em absoluto silêncio, desviando o olhar e vagando pela casa como se fosse um fantasma.
Aqui os adultos raramente têm o direito à palavra. O mundo infantil da História do olho é decididamente egoísta e, como tal, fechado em si mesmo. Nesta história não existe interdito que não possa ser transgredido. Aliás, a sensação que se tem é de que nem há interditos.
O deslizamento metonímico do olho ao cu e de novo deste ao olho e, do olho ao ovo, do ovo ao cu e do cu ao olho, faz uma fusão entre os adolescentes e, entre eles e o cosmos, “estranho rombo de esperma astral e de urina celeste cavado na abóbada craniana das constelações”. É como citar santo Agostinho: “Nascemos entre fezes e urinas”.
Na Espanha, após assistirem exaltados de prazer à morte do touro numa tourada, eles vão dar vazão às suas orgias:
“Simone, de pé entre Sir Edmond e mim – sua exaltação semelhante à minha -, recusou-se a sentar depois da ovação. Segurou minha mão sem dizer palavra e me conduziu para um pátio fora da arena onde imperava o cheiro de urina. Agarrei Simone pelo cu enquanto ela tirava meu pau para fora, com um tesão colérico. Entramos assim num banheiro fedido, onde moscas minúsculas maculavam um raio de sol. A jovem se despiu e enfiei meu cacete rosado em sua carne gosmenta e cor de sangue; ele penetrou naquela caverna do amor enquanto eu bolinava o ânus raivosamente: ao mesmo tempo, as revoltas de nossas bocas se misturavam.
O orgasmo do touro não é mais violento do que aquele que nos rasgou mutuamente, quebrando nossos lombos, sem que meu membro recuasse na vulva arrombada e afogada em porra.
As batidas do coração em nossos peitos – ardentes e ávidos de nudez – não sossegavam. Simone, com o cu ainda satisfeito, e eu, de pau duro, voltamos para a primeira fila. Mas, no assento destinado à minha amiga, encontravam-se, sobre um prato, dois colhões nus; aquelas glândulas, do tamanho e da forma de um ovo, eram de uma brancura carminada, salpicada de sangue, análoga à do globo ocular.
Debruçando-me no ouvido de Simone, perguntei o que ela queria:
- Idiota – respondeu -, quero me sentar nua em cima do prato.
(...) Em poucos instantes, estarrecido, vi Simone morder um dos colhões, Granero avançar e apresentar ao touro a capa vermelha; depois Simone, com o sangue subindo à cabeça, num momento de densa obscenidade, desnudar a vulva onde entrou o outro colhão; Granero foi derrubado e acuado contra a cerca, na qual os chifres do touro desfecharam três golpes: um dos chifres atravessou-lhe o olho direito e a cabeça. O clamor aterrorizado da arena coincidiu com o espasmo de Simone. Tendo-se erguido da laje de pedra, cambaleou e caiu, o sol a cegava, ela sangrava pelo nariz. Alguns homens se precipitaram e agarraram Granero.
A multidão que abarrotava a arena estava toda de pé. O olho direito do cadáver, dependurado.”
Tal como O cão andaluz, filme dos catalães Luis Buñuel e Salvador Dali, na qual na primeira cena uma lâmina corta a sangue frio o fascinante olho de uma mulher jovem e bela. Isso será justamente o objeto de admiração insana de um rapaz que, observado por um gatinho deitado e tendo por acaso uma colher de café na mão, tem um desejo súbito de apanhar o olho com ela.  
Aqui a metáfora do “pede-se fechar um olho” está elidida. Qualquer alusão à tentativa de eclipse do olhar do Outro sobre estes sujeitos é obnubilada pela ausência do afeto da vergonha, da culpa atávica ou mesmo qualquer sentimento de angústia. Portanto, a vontade de gozo é um imperativo categórico onde a máxima sadiana eu tenho o direito de gozar de seu corpo impera soberana.

3 - Além da dor – o pudor

Lacan em Kant com Sade, falou da experiência sadiana onde o que se encontra é essa aparente proeminência da categoria da dor. “Adiemos falar de sua mola, para lembrar que a dor, que projeta aqui sua promessa de ignomínia, só faz corroborar a menção expressa que dela faz Kant entre as conotações da experiência moral. Ver-se-á melhor o que ela vale para a experiência sadiana abordando-a pelo que haveria de desconcertante no artifício dos estóicos a seu respeito: o desprezo.” [8]
Aqui Lacan vai definir uma posição sadiana como uma posição crítica original, revolucionária. É por isso que Sade marca um passo, assim como Kant marca um ponto de virada, alguma coisa de revolucionário frente à posição ética tradicional, ilustrada com os estóicos. Frente à dor, os estóicos a neutralizam, desprezam-na.
Vemos isso nos parágrafo seguinte: Imaginemos uma réplica de Epíteto na experiência sadiana: “Vê, tu a quebraste”, diz ele, “apontando para sua perna. Acaso reduzir o gozo à miséria desse efeito em que tropeça sua busca não é transformá-lo em horror?”
Isto é uma alusão a Epíteto, um estóico, um escravo que por protestar algo, tem a perna quebrada por seu mestre. A posição de Epíteto frente ao gozo, é pretender tornar-se o seu próprio mestre – “eu que sou o escravo posso me tornar-me mestre, mestre de meu mestre, desprezando o que fez o poder de meu mestre, quer dizer esse poder de me quebrar a perna sabendo que eu vou sofrer, experimentar a dor.”
A capacidade de provocar a dor é um direito do mestre, desprezar a dor é a possibilidade de escapar dessa relação escravo-mestre é a maneira do escravo tornar-se mestre do mestre.
A ética estóica é uma filosofia que apesar de desprezar a dor, desprezar o prazer, é uma ética que se coloca inteiramente dentro do princípio do prazer, não é além do princípio do prazer. Não é para chegar a um gozo além do prazer e da dor que o estóico mostra essa posição ética. É por considerar que o princípio do prazer como o que constitui uma posição subjetiva ética, é que pode desprezar a dor, ser mais potente que esse princípio. Não podemos dizer que Epíteto goze em ter sua perna quebrada, ele não goza. Ele chega a uma posição de apatia que não pode confundir-se com o gozo.
Continuando com Lacan para chegarmos ao pudor: “O que mostra que o gozo é aquilo pelo qual se modifica a experiência sadiana. Pois ele só projeta monopolizar uma vontade ao já havê-la atravessado para se instalar no mais íntimo do sujeito que ele provoca mais além, ao atingir seu pudor. Pois o pudor é ambiceptivo das conjunturas do ser: entre dois, o despudor de um constitui por si só a violação do pudor do outro”.[9]
“Ambiceptivo quer dizer que o pudor é ligado, se prende, tanto do lado do sujeito quanto do Outro. Ele está duplamente conectado ao sujeito e ao Outro.” Quanto às conjunturas do ser, é a relação com o Outro que faz a conjuntura essencial do ser do sujeito, e que se demonstra na vergonha. Lacan o explicita dizendo que o despudor de um constitui por si só a violação do pudor do outro”.[10]
Este afeto mais íntimo, que como estamos vendo, não pode fazer série ao triunvirato freudiano da vergonha, repugnância e moralidade. No pudor não há somente vergonha do que sou ou do que fiz, mas se o outro ultrapassa os limites do pudor, é o meu pudor que se encontrará, por isso mesmo, atingido. Basta o impudor de um para violar o pudor do outro. Por isso o pudor está além da dor. Na dor isso não é possível, a dor de um não é dor no outro. Pode se sentir dor ao ver o outro sofrer, mas a dor não é ambiceptiva.
Por isso, pede-se fechar um olho para o pudor, embora o Nelson Rodrigues nos alerte de que “o pudor é a mais afrodisíaca das virtudes”.
 


[1] Freud, S. A Interpretação dos sonhos. 1900. ‘o trabalho de deslocamento’, in, cap. VI. A elaboração dos sonhos. Vol.IV. ESB. Imago Editora. Pág. 338.
[2] Freud, S. ‘As perversões em geral’, in, Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, 1905. Nota de rodapé acrescentada em 1915. Vol. VII. ESB. Imago Editora. Pág. 164.
[3] Lacan, J. Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise, in, Escritos, Jorge Zahar Editor. RJ. 1998. Pág. 263.
[4] Lacan, J. O Seminário, livro 17, O avesso da psicanálise. Jorge Zahar Editor. RJ. 1992. Pág. 172.
[5] ______, pág. 172.
[6] Laca, J. Função e campo da linguagem e da fala em psicanálise. op. cit.  pág. 302
[7] Bataille, G. História do Olho. Cosac Naify Editora. São Paulo. 2003. 
[8] Lacan, J. Kant com Sade, in, Escritos. op.cit. pág. 782.
[9] - op.cit. pág. 783
[10] Miller, J-A – Nota sobre a vergonha. Opção Lacaniana n. 38. Nov. 2003.

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